sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Gaivotas


A praxe é uma merda, dizem, Cambada de fascistas, opressores e burros são os que os seguem, com aquelas roupas ridículas a fazer o que eles querem e bem lhes apetece. Mas o que eles não sabem (algo que também não sei muito bem) é que a praxe é algo mais. É cegar com um shot de absinto e alguém nos ensinar a vomitar, é estar às 7h nos Leões completamente encharcados e a tremer, mas a sorrir, é estar em recinto e olhar para o lado e pensar “não desistas” e o colega não desistir. É estarmos no meio da rua com uma amiga no chão e defendê-la com unhas e dentes, é rodeá-la para ninguém a ver e oferecer porrada, mesmo sabendo que a probabilidade de levarmos é maior do que a de darmos. É sentirmos que “vocês são meus” e associar coisas simples como gaivotas, a grandes momentos, arrepiantes, de tão intensos. A praxe é isto e muito mais, mas só quem está é que o sabe.  
Marginal, com muito gosto. 

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